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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Esperando o dia da Cirurgia...

Na manhã seguinte ao parto, a pediatra passou cedinho, abriu a porta do quarto e disse com a voz característica que lhe é peculiar: Mami e Papi, quero vcs la na NEO dando força pra Cecília. Ainda estávamos mortos de medo, mas a chamada da médica nos situou novamente no mundo... Então me dei conta de como eu estava abalada de madrugada quando disse que nao queria mais vê-la... Comecei a chorar, arrependida até o último fio de cabelo por aquele ato egoista, disse pro Rafa, q independente dela sobreviver ou não, ela era nossa filha e tinhamos q ficar do lado dela, pois  nós que daríamos a força que ela precisaria pra vencer a luta! (Depois comentando com as técnicas de enfermagem (vou chama-las de tias), elas me disseram que minha reação foi bem normal, e que muitas mães de prematuros tem a mesma atitude, mesmo assim até hj não me perdôo por ter agido assim...).  Naquele momento levantei da cama e fomos pra NEO, cheguei super nervosa, mas ela estava mais calma, a respiração não estava tão ofegante o que me deixou bem mais calma... Ficamos um tempo la olhando e conversando com ela, não podíamos fazer carinho, apenas podíamos segurar sua mãozinha e pézinho para não estimula-la já que mesmo sedada qualquer agitação poderia prejudica-la. Como não sabiamos direito como funcionava a NEO, íamos vê-la, ficavamos um pouco, voltávamos pro quarto, depois de um tempo voltávamos la para vê-la novamente, até que uma das tias nos disse que poderíamos ficar la o tempo que quiséssemos, teríamos que sair apenas nas trocas de plantão e quando se necessário elas tivesse algum procedimento pra fazer com ela ou com qualquer bebê daquela sala.
Neste mesmo dia, minha mãe, minha irmã e minha sobrinha foram pra la e ficaram praticamente tdo dia la conosco... foi bom, pois assim o tempo parecia passar mais rápido...

De noite, o Dr. Fraga passou pra conversar conosco e disse que ela estava bem estável e que isso era muito bom. Foi a injeção de ânimo que precisávamos! Depois que ele saiu, fomos até a NEO, chegamos lá com uma emoção diferente, fomos com um pingo a mais de esperança. Conversávamos com ela, e mesmo sedada ela se mexia, era uma coisa sem explicação, ela reconhecia nossa voz. Ficamos muito emocionados.

No dia seguinte acordei lavada de leite... fui até o CPAE (centro de produção de alimentos especiais) e comecei a coletar o leite para quando ela pudesse tomar... (foram 72 dias coletando até que ela pudesse mamar direto no peito). Agradeço tdos os dias por ter conseguido continuar a produzir leite mesmo com todo stress que passamos.

Neste mesmo dia o Dr. Fraga veio nos ver e disse que ela estava bem estável e que seria o momento de realizarem a cirurgia... Seria no dia seguinte as 13:00.

As 3:00 da manhã não conseguia dormir, chamei o Rafa, ele me ajudou a sair da cama e fomos até a NEO vê-la novamente... Disse pra ela que ela teria que ser forte, conversei com ela da mesma maneira que conversava quando ela estava na barriga e eu ja sabia da existencia da hérnia. Disse que ela era uma menina muito forte e que superaria tudo, disse pra ela nao desistir pois estaríamos la esperando por ela, quando voltasse da cirurgia.

Voltamos pro quarto e comecei a rezar, implorei a Deus para que tudo desse certo e ela ficasse bem.

3 comentários:

  1. Débie que emocionante estou com o coração partido lendo sua história.
    A Rafa ficou na uti sei exatamento do que está falando.

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  2. Débie, nem sei o que dizer. Passei um pouquinho disso qdo no caso do JP o médico chegou a avaliar e dizer que ele tinha um bom peso e estava aceitando bem o respirador, mas o resto você já sabe.
    Imagino a tensão de vocês, aliás, senti essa tensão tbm.

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