Nossa História - Josiane e Flora

Me chamo Josiane e somos do Rio de Janeiro!!

Minha gravidez foi planejada estávamos ansiosos para complementar o nosso amor!

Fui na minha médica e contei do meu sonho de ser mãe, ela logo preparou todos os exames para verificar se estava tudo bem comigo. Feliz e ansiosa corri e fiz tudo que ela pediu e para a minha alegria eu estava liberada para engravidar.

Comecei as tentativas para engravidar no mês de Outubro de 2007 e para nossa surpresa no mês de Novembro eu já estava grávida. Foi difícil acreditar que tudo estava acontecendo tão rápido, mas a felicidade era muito grande.

Com dois meses de gravidez eu estava enjoando muito e minha médica pediu uma ultra e foi meu primeiro livramento, pois eu estava com descolamento de placenta e tive que ficar de repouso... Como eu não havia tido sangramento e nenhum sinal, se não tivesse feito a ultra eu poderia te perdido o bebe.

Assim foi até o quarto mês. Quase não saia por causa do deslocamento e do enjoo. Voltando na minha médica e ela vendo através de um novo exame que o bebe estava bem, disse que eu não precisava mais fazer repouso e parecia que finalmente eu e o meu marido iriamos curtir nossa gravidez... O medo de perder o bebe tinha ido embora.

Mas como todo pré-natal ela me pediu a ultassonografia morfológica... Foram apenas 20 dias de tranquilidade.

Nesse exame estávamos ansiosos pois iriamos confirmar o sexo do bebe. Parecia estar tudo bem, o médico conversando meu marido, tirando duvidas, a vovó babando... Até que um silencio tomou conta do médico. Minha mãe e o meu marido não estavam percebendo nada, mas eu sim, pois o médico apertava a minha barriga no mesmo lugar e a imagem ia e voltava para a mesma posição... Até que eu não aguentei mais e perguntei se estava tudo bem. Ai veio a resposta que eu não queria ouvir... Ele pediu para eu me trocar que preferia falar quando estivéssemos sentados para que ele pudesse explicasse melhor.

Veio então a noticia da HDC. Eu nunca tinha ouvido falar nessa doença e não sabia que era tão grave.

Vendo as minhas condições ele mesmo ligou para a minha médica contando tudo e me encaminhou para um médico maravilhoso no Rio que poderia me explicar melhor.

Fomos para esse médico, ele pediu uma nova ultra e pediu uma ressonância magnética fetal para confirmar a Hérnia e sua gravidade. Nesse período fomos ver também quais hospitais poderiam aceitar a minha menina, pois o meu plano de saúde era  empresarial e no hospital que estava previsto para ela nascer eles não receberiam o meu caso.

Chegou o dia do exame e eu chorava muito, mais me agarrei com Deus.

No exame foi confirmado HDC do lado direito. O médico não conseguia ver o pulmão direito dela, ele só conseguia ver o fígado. O desespero foi grande e a dor também.

Ele me encaminhou para um hospital de referência no Rio de Janeiro onde só recebem bebes com problemas, e foi um choque pois eu me deparei com uma realidade que eu não conhecia, crianças de todos os tipos e formas. Apesar da dor nós estávamos confiante e fomos falar com um dos chefes da medicina fetal e foi quando ele enfiou uma faca no meu coração.

Ele me disse que o problema era muito grave que a minha filha tinha 25% de chances de sobreviver e se sobrevivesse seria uma criança muito doente. Disse ainda que pelo fato dele ser de um hospital de referência ele me aconselhava abortar. Ele mesmo se levantou voltou com um monte de papeis e disse que era pra pensar e voltar no dia seguinte, disse ainda que em dois anos nasceram 7 bebes  no hospital com HDC e que nenhum havia sobrevivido.

Voltamos para casa e choramos muito, mas no dia seguinte entregamos a papelada pra ele e decidimos dar essa chance a ela, pois só Deus pode tirar vidas não o homem.

Tive que ir ao hospital uma ou duas vezes por semana até chegar o dia do parto que foi 01/07/2008.

Foi uma emoção muito grande, muitos médicos a espera da minha filha, a família toda em busca de informações.

Os médicos diziam que eu não poderia ve-la, e que ela teria que ser entubada antes de cortar o cordão umbilical pois não teria forças para chorar. Mas a Flora chorou e eles me mostraram ela e depois ela foi para UTI só com o ventilador mecânico.

Com 24 horas eles operaram ela e viram que por tras do figado havia metade do pulmão. A cirurgia foi um sucesso e ela não tinha nenhum problema genético.

Com oito dias o pulmão dela cresceu, com 11 dias ela começou a dieta do leite e com 14 dias eu já estava amamentando.

Meu maior presente foi no dia 17/07/2008 quando recebemos alta e levei minha pequena para casa perfeita e sem nenhum medicamento, sendo alimentada apenas com o meu leite.

Amei ter ficado no hospital Fernandes Figueira apesar do médico querer interromper minha gravidez. Eles me deram todo o apoio que eu precisava e eu sou muito grata a toda equipe.

Caso queiram entrar em contato comigo meu e-mail é josianecastro@gmail.com

Segue abaixo algumas fotos desde a minha gravidez até os dias de hj.

Amigas, só pra lembrar que respondo tdos os comentários no post q foi comentado... Assim fica mais fácil hehehehe. Beijão