E depois de 5 meses longe do blog. Voltei!!!!
Hj com a historia de mais um vencedor da HDC. Segue o relato da Gisele, mãe do Edgar.
Meu nome é Gisele, tenho 32 anos e já era mamãe do Arthur quando eu e meu esposo decidimos ter outro filho.
Hj com a historia de mais um vencedor da HDC. Segue o relato da Gisele, mãe do Edgar.
Meu nome é Gisele, tenho 32 anos e já era mamãe do Arthur quando eu e meu esposo decidimos ter outro filho.
Tudo começou quando completei 5 meses de gestação, fomos ao consultório para o ultrasson de rotina, estava tudo indo normal, soubemos o sexo do bb, para nossa alegria mais um menino, porém de repente a médica ficou em silencioso e com o aparelho fixado apenas em uma região e com a fisionomia de “o que é isso?”.
Meu esposo, Evandro, já impaciente com o silencio, perguntou o que estava acontecendo, e a médica simplesmente nos fala: localizei uma massa, próxima ao coração e que provavelmente possa ser um tumor.
Isso aconteceu em um sábado e na segunda feira de manhã já estávamos no consultório do meu obstetra, que foi um anjo e disse que aquela massa poderia ser várias coisas e não necessariamente o tumor.
Solicitou imediatamente que procurassemos um cirurgião infantil.
A partir daí começou a nossa luta, nosso sofrimento, pois durante dois meses passamos por vários hospitais e médicos e nenhum deles afirmou com real certeza o que o meu bebe tinha.
Até que foi nos indicado um Dr. excelente, Dr Fabio Peralta. Entramos em contato e marcamos um ultrasson no HCor e ele afirmou que aquela massa comprimindo o coração era um pedaço do fígado, que estava no buraquinho do diafragma e que o pequeno tinha HERNIA DIAFRAGMÁTICA DE MORGANI e que deveria ser assistido com muita cautela, pois o bebe tinha enormes chances de nascer cansado e deveríamos reservar uma UTI ao nascimento.
Procuramos o Hospital São Camilo Pompéia, meu obstetra Dr Marco Aurelio Tostes acompanhou de perto e com muito carinho e o bebe também muito bem assistido pela equipe do Dr. Fabio Barros e Dra. Merces, que até o nascimento passávamos constantemente em consultas e exames para o acompanhamento.
Enfim, marcamos a cesariana para o dia 22/09/2009, às 20:00 hs.
O coração já não cabia mais no peito e as pernas bambas, mas em nenhum momento deixamos de ter confiança em Deus. A fé e o apoio da família e amigos foi primordial.
O Edgar chegou ao mundo às 20:23 hs, pesando 3.300 Kg e 49 cm, um baita meninão, lindo, carequinha. O cirurgião de plantão Dr. Evandro pegou ele e já iniciou os exames, encostou a cabecinha dele próximo ao meu rosto, dei um beijo e ele seguiu com o meu bebe para UTI.
As primeiras 48 horas após o nascimento, o Edgar estava ótimo e ninguém daquele hospital acreditava que uma criança com hérnia diafragmática respirava sem ajuda de aparelhos e para a surpresa de todos, mamando no peito sem nenhum cansaço.
Mas o pequeno no 3º dia apresentava manchas vermelhas no corpo, estava sonolento e uma temperatura acima do normal.
Fizeram exames de sangue e uma infecção absurda estava o deixando assim. Colheram o líquor e acreditem, o meu Edgar estava com Meningite bacteriana. Enfim, de um dia para o outro a sua saturação caiu de 97 para 89, já não podia mais mamar no meu peito e se alimentava por sonda e a cada três horas precisava tomar medicação por veias.
Eu tive alta do hospital no 5º dia e não desejo isso para ninguém, pois vir para casa e não levar o seu filho nos braços é uma dor tremenda.
Meu esposo voltou a trabalhar, me deixava antes das 08:00 hs no hospital e lá eu ficava ao lado do meu pequeno até às 18:00 hs, quando o meu esposo saia do serviço. Acompanhai cada batalha vencida, teve dias de muita tristeza e agonia e teve dias de alegria e energia positiva, mas não deixamos de ficar com ele durante os 29 dias da internação.
Graças a Deus a meningite foi curada, sem seqüelas e a hérnia, ali, sem nenhuma intervenção e saturação excelente, o médico decidiu não operá-lo naquele momento e deu alta.
O acompanhamento quinzenal com o cirurgião ocorreu até o 6º mês de vida do Edgar, até que o ultimo raio X mostrou que o intestino estava se locomovendo e então resolveram marcar a cirurgia da correção da hérnia, que ocorreu no dia 30/04/2010, no mesmo hospital do nascimento.
A cirurgia foi um sucesso e da perspectiva de internação que eram 15 dias, o Edgar em 7 dias se recuperou e tivemos a alta.
Ainda hoje, ele com quase 5 anos, fazemos o acompanhamento anual com o cirurgião, mas Deus é Pai e a nossa fé é imensa e o Edgar é uma criança saudável.
Um dia desses me fez uma pergunta que cortou meu coração:
Edgar: Mamãe, porque eu tenho esta boca triste na minha barriguinha?
Mamãe: Neste momento segurando as lágrimas, disse: Esta cicatriz nunca será uma boca triste, pois ela é a marca da sua vitória, meu vencedor.
Edgar na UTI |
Edegar brincando |
Edegar fortão |