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Eu respondo sempre todos comentários nos posts que foram comentados... Assim fica mais fácil. Beijão

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O verdadeiro sentido da vida...

Este post é candidato ao concurso “O melhor post do mundo da Limetree” 

Olhando para trás, não sei ao certo onde foi que o desejo de ser mãe me pegou, mas sei q em algum momento eu fui picada...

Só conseguia imaginar a satisfação e a delícia de ter um bebezinho tão fofo, tão lindo e tão dependende de mim em casa... Duvidas? Lógico que eu tinha... Será que eu iria dar conta? Será que me controlaria para não morder ele todinho? Será que era tudo isso que as pessoas sempre falavam?? Será que eu seria uma mãe com eme maiúsculo? A cabeça sempre em busca de respostas, sempre em busca de teorias...

Então o ciclo começou... Menstruação atrasada, teste de farmácia positivo, exame de sangue positivérrimo... Emoção, tensão, coração batendo tão acelerado que parecia querer sair do corpo...

Incrível o poder que um positivo gera... Me sentia incrível!! Ficava imaginando cada partezinha fofa e rosada se formando...

E foi no primeiro ultrasson com 9 semanas e 4 dias de gestação a coisa explodiu de vez... Sai do exame com um sorriso bobo no rosto... Nunca imaginei que um serzinho com apenas 2,8 centímetros pudesse fazer brotar sentimentos jamais habitados em mim... Não me sentia grávida, me sentia mãe!

Minha gravidez foi maravilhosa... Acho que o estado de espírito ajuda muito nesse quesito... E a medida que a barriga ia começando a aparecer o exibicionismo era inevitável... Desfilar o barrigão é das coisas que mais sinto falta hoje em dia hehehehe.

A primeira vez que senti mexer foi extasiante, fiquei por uma hora quietinha para poder sentir novamente, mal sabia eu q logo esses movimentos seriam contínuos e encantadores... Inexplicável a emoção desse momento.

O tempo foi passando, escolhemos os nomes sem muita discussão... E com 18 semanas e 3 dias de gestação descobrimos que nosso bem maior, seria uma menina. Uma menininha linda, doce e certamente serelepe que se chamaria Cecília.

Como toda mãe, sonhava com ela, imaginava cor do olho, como seria o cabelo, com que se pareceria... Mas nunca fui muito ansiosa... Pode parecer estranho mas cada novo ultrasson um misto de alegria e tensão me dominavam... Mas assim que ouvia as palavras "Ela está ótima" tudo virava curtição e por mim ficaria o dia inteirinho lá observando cada movimento, cada expressão da minha guriazinha.

Montamos o quartinho, fizemos chá de fralda, book fotográfico e tudo estava perfeito!! Um sonho sendo vivido dia após dia com tudo a que tínhamos direito...

Infelizmente com 35 semanas e 6 dias de gestação vimos nosso mundinho cor de rosa ruir com a descoberta de uma rara e gravíssima má formação chamada hérnia diafragmática congênita. Com um índice de mortalidade assombroso (75%) nos vimos perder o chão, a razão, mas não a fé. O desespero nos assolou, o medo de perde-la não nos deixava dormir, comer e tao pouco raciocinar direito...

O tempo era curto, a corrida por médicos e um hospital especializado tinha que ser imediata... E aí vem aquelas coisas que somente quem acredita em Deus compreenderá... Em nossa primeira busca encontramos as pessoas maravilhosas que tentariam salvar nosso tesouro.

Na espera pelo nascimento eu conversava incessantemente com ela... Dizia que a amava, que ela iria passar por algumas dificuldades e que ela teria q ser forte e que jamais estaria sozinha.

Eu queria e tinha que ser positiva, mas diante das estatísticas muitas vezes fraquejei... Lidar com a possibilidade de perda é algo que afeta qualquer ser humano, ainda mais quando se trata de um filho... Quando engravidamos jamais imaginamos que isso pode ocorrer... Eu estava diante de um dos momentos mais difíceis da minha vida e precisava acreditar e confiar que daria certo para passar isso a ela...

Cecília nasceu dia 21 de setembro... Passou por duas cirurgias... Ficou mais de 40 dias entubada, teve inúmeras intercorrências, foram mais de 40 dias sem sabermos se ela sobreviveria ou não... Ela ficou 62 dias na UTI e mais 14 dias em um quarto do hospital... Nesse período não teve um único dia que não estive ao lado dela... Meu marido e eu abandonamos tudo em nossa cidade e nos mudamos de mala e cuia para Porto Alegre onde ela nasceu. Foram dias muito difíceis... Estávamos longe dos amigos e da família, mas estávamos lá lutando por nosso bem mais precioso, estávamos lá mostrando a ela que podia confiar na gente. E fomos retribuídos com a graça da recuperação total de nossa joinha.

Nunca imaginei que passaria por uma provação dessas, jamais imaginei que o amor de uma mãe por um filho pudesse ser tão grande e tão perfeito. Por eles somos capazes de qualquer coisa, não existe impossível quando a saúde e a felicidade de nossos filhos está em jogo.

Sempre digo que aprendi mais nesses 76 dias de hospital com ela do que em minha vida toda. Incrível o que uma pessoa tão pequena pode nos ensinar... Incrível a força dessas crianças, incrível o poder de superação que eles possuem...

A maternidade me mudou desde o dia que soube estar grávida, as dificuldades vieram, foram enfrentadas e superadas, a Cecília é uma guriazinha linda de viver, é o brilho dos meus olhos, a luz dos meus dias.

A partir do momento que engravidamos nossa vida não nos pertence mais... Cecília me mostrou o verdadeiro sentido da vida, me ensinou que apesar das dificuldades crendo e amando as coisas podem sim dar certo. Cecília é o milagre que Deus confiou a mim e cuido dela com todo amor e carinho que ela fez brotar em mim...

6 comentários:

  1. LINDO Debie!!!
    Disse tudo que eu sempre pensei em dizer, contar, falar, gritar pra quem quiser ouvir. Acho que não deve ser somente eu que me identifico com vc não.. acho que toda a mãe amorosa sente exatamente a mesmo coisa...

    Parabéns!!!

    Beijos...

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  2. Olá, sou Geovana, já comentei aqui no blog uma vez. Encontrei seu blog em novembro do ano passado e desde então nunca mais parei de acessar. Se for pelo meu voto, seu post já é o escolhido, pois é impossível não se emocionar, ao ver todas as dificuldades que vocês venceram. Ah! e quero deixar meus parabéns também, pela Cecília. Eu tenho 15 anos, não sou mãe, mas pode ter certeza que você serve de exemplo para muitas. Tenho grande admiração por seus cuidados com a Cecília. Beijos Geovana/Cambará PR

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  3. Realmente a história é linda e merece ser a melhor do mundo. Mas cuidado que sempre tem marmelada nesses concursos.

    Beijos

    Vanessa

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  4. Oi Mo!!

    Fico feliz q se identifique comigo e feliz por ter gostado do texto!

    Acho que não existe sentimento mais puro do que o que sentimos por nossos bbs...

    Beijao

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  5. Oi Geovana, lembro dos teu comentarios sim!
    Fico feliz q goste do blog e que acompanhe as travessuaras da C. hihihihihi.

    Sempre digo q as dificuladades estao ai para serem superadas e nos fazerem crescer. Entao lutando e acreditando sempre nao tem como as coisas darem erradas.

    Beijao e volte sempre

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  6. Oi Vanessa, hehehehehehehehe. Na verdade fiz o texto pq me pareceu uma ideia bacana falar sobre isso...

    Não vou ficar neurotica pensado em vencer, vou participar e só espero que seja um concurso justo.

    Beijao

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Obrigada por comentar! Fique atenta que responderei ao seu comentário no post q foi comentado. Beijãoo